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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Fim do mundo

‎"Do meio da rua se erguia uma criatura colossal e amorfa. Sua pele flácida era predominantemente branca como papel, intercalada por intervalos vermelhos que deviam ser suas articulações. Era possível ver seu interior, inclusive seu enorme coração descolorido pulsando. O som emitido pela coisa era agudo pontuado por suaves notas graves. Mais parecia que decaia em sua amorfosidade, balançando de um lado para o outro, locomovendo-se em seu desritmo."


"Asas de Ângelo" CAPÍTULO QUATRO / Fim do mundo

sábado, 10 de dezembro de 2011

Aquela voz que desperta bons sentimentos

"Morena caminhava a passos curtos em sua direção, a cabeça baixa fazendo seus cabelos caírem sobre os olhos, dando-lhe um aspecto sinistro. Apesar das dores, o pulo que o coração do homem deu foi suficiente para que corresse até a porta. Quando ficou de costas para a mulher, porém, suas pernas ficaram pesadas como se tivesse passado o dia inteiro de pé e para piorar, sentia que ela apressava-se a seu encontro muito mais rápido. Um barulho insuportável tomou conta de sua cabeça, como se uma fera rugisse ao pé de sua orelha. Seu desespero por alcançar a cada vez mais distante porta aumentou tão absurdamente que seu coração, a qualquer momento, faria um buraco em seu peito e sairia-lhe do corpo. Sentia Morena cada vez mais perto, como se a própria morte estivesse vindo lhe pegar, até que suas mãos tocaram o metal quente da maçaneta. Agora seu corpo inteiro doia, mas as batidas colossais de seu coração deram-lhe forças para agarrar-se à porta, abri-la e sair. Quando pisou no corredor cujas dimensões não conseguia imprimir (parecia bem mais apertado do que lembrava), seus sentidos retornaram todos de uma vez e suas pernas ficaram tão leves que logo descia as escadas e saia para o ar frio e o céu cinzento da rua."


"Asas de Ângelo" CAPÍTULO TRÊS / Aquela voz que desperta bons sentimentos

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Angelo waits for the never coming bus

Ângelo aguarda pelo ônibus que nunca chega

"Havia esse garoto - os cabelos lisos tão loiros, quase brancos, os olhos curiosos da cor do chocolate amargo e a pele clara como leite. Não sabia seu nome, mas sempre o via tarde da noite na parada do ônibus enquanto caminhava pela calçada , voltando do trabalho. Era pequeno, belíssimo, sempre muito bem trajado e o olhar vago. Sua imagem ali no meio daquela rua escura e o olhar além do horizonte despertaram a curiosidade de Ulisses, que não lembrava quando percebeu aquele belo menino a devanear. Sempre que descia na avenida e dava alguns passos, lembrava do jovem e de seu jeito aluado. Pois, conforme os dias passavam, ia se preocupando com ele, um pobre e bem aparentado garoto sentado no meio de uma rua escura. Sua vida não devia ser das menos difíceis para todas as noites esperar aquele ônibus que parecia custar a chegar."


"Asas de Ângelo" CAPÍTULO PRIMEIRO / Ele
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