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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

{The Prodigy} Capítulo quatro


As trancas despressurizaram, recolheram-se e logo a porta se abriu. As luzes do outro lado foram se acendendo em seqüencia, revelando aos poucos a grandiosidade daquela sala. Em toda sua extensão estava cheia de estantes e mais estantes, nas quais repousavam vidrinhos familiares a 57. Era onde aquele senhor guardava as amostras de sangue. No meio de todas aquelas estantes havia em espaço com um grupo de mesas cheias de materiais químicos e um potente computador em cada. Não impressionava que aqui estivesse tudo em ordem, afinal, a segurança era restrita. Eram visíveis poucas marcas de sangue no piso branco, rodeadas por vidro quebrado, e apenas duas mesas não estavam em ordem, os elementos químicos misturados em suas superfícies parecendo ameaçadores à saúde de quem se aproximasse.
        
- O ar é limpo. – disse C132, o queixo empinado. – Aquela mistura não é maléfica. Não se preocupe.
         
O menino sequer assentiu. Estava tão maravilhado e assustado com a descoberta daquele lugar que nem sabia o que dizer. E se aquela mistura o matasse, que importava? Pelo menos tinha a grande chance de descobrir suas origens, responder todos aqueles questionamentos que o perturbavam sobre aquele lugar. Assim sendo, moveu suas pernas em direção à estante mais próxima, e no canto superior de sua lateral leu o número 42. Se C132 o tinha chamado de 57, isso queria dizer que ele e seus irmãos eram comumente identificados por números. Todos os frascos ali continham sangue e eram todos rotulados. Parou para verificar um, mas era uma linguagem científica que não entendia. Então continuou até as mesas, parando para avaliá-las, o robô em seus calcanhares.
         
Passou os olhos por elas, imaginando que tipo de experimentos eles faziam ali. Eram instrumentos e substâncias dos mais diversos que repousavam por ali, sem etiquetas. Aproximou-se da mais próxima e verificou se o computador daquela estava ligado. Claro que depois de quatro anos, nenhum devia estar funcionando, então voltou-se para C132, esperando que ele pudesse fazer alguma coisa.
         
- Você acha que consegue verificar a memória deles? – E apontou o computador.
         
A máquina se aproximou e usou seu fio mais uma vez, plugando-o atrás do gabinete. Mal passou-se um minuto ele já desplugava e voltava-se para 57. O menino sentia que não receberia boas notícias.
         
- Foi tudo apagado. – disse C132. – Um vírus invadiu e reiniciou o sistema. Qualquer dado que estivesse aqui foi perdido. Esse laboratório tem uma rede separada do prédio, por isso os outros sistemas ainda estão em funcionamento.
         
57 baixou a cabeça, triste. Todo aquele sangue que os cercava não era nada sem aqueles dados estúpidos. E agora, tudo que o deixava intrigado no passado, continua a intrigá-lo mais ainda. Principalmente porque sentia como se não existisse ninguém além dele. Precisava entender tudo, inclusive o passado. Não era isso que seu professor de história dizia? Entender o passado para compreender o presente e pensar no futuro. Sua última esperança era que o Dr. Kepler estivesse bem e que pudesse explicá-lo tudo.
         
Antes que se virasse para ir embora, porém, o jovem viu algo passando por entre as estantes. Não tinha certeza, mas era bem pequeno e parecia brilhar. No meio daquele nada, aquilo devia significar um sinal de vida, então foi naquela direção. Olhou de um lado para o outro, C132 seguindo-o e verificando também. Não sabia o quê, mas se chamou a atenção de 57, talvez fosse algo importante. Dessa vez o robô que viu uma luz pairando no ar, voando rápido para outro lado.
         
- Ali. – disse simplesmente, correndo naquela direção.
         
E como ele corria! Para um espectador superior e distante, poderia parecer que estava apenas se aquecendo, mas 57 logo o viu sumir na esquina. A máquina continuou cada vez mais rápida, seguindo o rastro da luz, que ao perceber sua aproximação subiu e desacelerou, esperando assim despistá-la, porém lá ia ele, dando um pulo que o fez ir tão alto quanto, e ao fechar sua mão, pegou a tal luz. Claro que isso vai completamente contra as leis da física, pensou 57, e logo C132 pousou e desapertou cuidadosamente sua mão, libertando a tal luz, que pairou sobre eles pacificamente.
         
- O que é isso? – perguntou 57.
         
- Um hardware. – Dessa vez C132 foi bem rápido. Talvez seu sistema já estivesse se habituando às questões propostas por um humano. – Um HD provido de inteligência artificial, para ser mais exato. É comum para armazenar dados de extrema importância.
         
Aquela última frase encheu o peito de 57 de alegria. Então ainda havia esperança.  Não podia depender de o Dr. Kepler ainda estar vivo ou onde disse que estaria, afinal, passaram-se quatro anos.
         
- O que você acha que tem nele? – perguntou, os olhinhos azuis brilhando.
        
Dessa vez C132 parou para pensar. De fato, essa era uma pergunta complexa para qualquer um, afinal, o mundo era rodeado de informações. Aquele HD podia ter o mundo nele.
         
- Provavelmente arquivos relacionados a esse laboratório, pois estava aqui dentro. Porém, para garantir...
         
E estendeu a mão para o hardware, que se aproximou. Dessa vez não precisou de seu fio, apenas olhou para a pequena máquina. Enquanto 57 esperava, ficou maravilhado com aquela coisinha. Seus olhos refletiam todo aquele brilho, trazendo um nome a sua mente.
         
- Luz.               

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