TRANSLATE IT!

Google-Translate-ChineseGoogle-Translate-Portuguese to FrenchGoogle-Translate-Portuguese to GermanGoogle-Translate-Portuguese to ItalianGoogle-Translate-Portuguese to JapaneseGoogle-Translate-Portuguese to EnglishGoogle-Translate-Portuguese to RussianGoogle-Translate-Portuguese to Spanish

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Joystick #7: Sanitarium


O abandonware (softwares obsoletos) de 1998 tem gráficos formidáveis para a época e uma jogabilidade bastante simples. No início, como o título e a capa sugerem, o enredo é bastante confuso, mas logo as peças vão se encaixando e as horas de diversão e excitação se transformam em segundos de frustração. Infleizmente, Sanitarium é um desses jogos que prometem, envolvendo o jogador em uma trama bem elaborada, mas o final é decepcionante. Se você pretende jogar, não continue lendo, pois revelarei spoilers.


Como é de se esperar de um jogo com o título Sanatório, no começo o jogador se vê tão perdido quanto o personagem e cheio de dúvidas e expectativas. Enquanto se acostuma com a jogabilidade resolvendo os problemas na torre, um local para o qual os pacientes foram transferidos temporariamente, de repente uma estátua o transporta para uma cidade a là Stephen King, com crianças deformadas que só falam da Mãe, plantas por tudo quanto é canto e nenhum adulto à vista. Até aí tudo bem, o clima de suspense do jogo se mantém fiel às expectativas, ainda mais quando abrimos a porta trancada da escola e encontramos os cadáveres dos pais das crianças. Mais algumas investigações revelam que algo muito estranho aconteceu ali (bem ao estilo A Colheita Maldita), e após derrotarmos a planta alienígina autoentitulada Mãe, reencontramos a pequenina Maria, a rebelde entre as crianças que estavam sendo transformadas por aquela aberração. Logo após uma breve conversa ela leva Max de volta ao asilo.


Em algumas conversas fica entendido que a torre na qual começamos o jogo pegou fogo por causa do gerador defeituoso e Max foi o único sobrevivente. Pois bem. Ao longo dessa fase o jogador se depara com outros personagens bizarros, mas não tão importantes. O que interessa é o que vem depois, o desejo do homem de rever a irmã, que o leva a um circo no meio de uma ilha e sua transformação em sua falecida irmã Sarah. Aqui as metáforas começam a ficar bastante confusas e mais tarde algumas das cutscenes nem são mais importantes. O enredo, no entanto, continua intrigante e curioso (tanto que passei um dia inteiro jogando, querendo saber o que raios estava acontecendo e como tudo terminava), mas ao longo de algumas fases vai se perdendo. 


Depois que a história da família de Max é entendida após uma cansativa fase na mansão onde eles viviam, o enredo se perde e o jogador realmente não sabe mais o que é real e o que é fantasia do homem, pois logo entra no meio uma história de clonagem, cura para uma doença infantil, conversas com os mortos e um portal dimensional para os tempos da civilização asteca. Foi nesse momento que pensei "agora eles acabaram com minhas esperanças de o Max ser completamente pirado, mas talvez fique melhor". Mas não fica. As fases só pioram, os puzzles ficam cada vez mais intrigantes e na última fase tudo é perfeitamente entendido. Aquilo tudo pelo qual passamos, todos os desafios e quebra cabeças, todo o esforço para entender as metáforas e interligar as peças da história foram em vão, pois tudo não se passava da mente do inconsciente Max tentando dizê-lo que estava inconsciente e corria risco de vida. É decepcionante saber que tudo aquilo se deu por causa das ambições do tal Dr. Morgan para com a pesquisa sobre a droga HOPE, que curaria as crianças doentes de DNVA. O problema que levou nosso bravo e destemido herói a sofrer o acidente que o deixou inconsciente foi sua teimosia para com as atitudes do colega de trabalho e antigo professor, só porque desde pequeno ele queria ser médico para salvar todas as crianças do mundo. Com dor de cotovelo, Morgan injetou uma droga que mataria Max em algum tempo, e por isso se deu toda a história do jogo. Obviamente que após aquele final boss triste e piegas o protagonista sobrevive, e todos os sonhos de que ele seria doido de pedra somem, dando lugar a um vazio tão profundo quanto inexplicável.




E é por isso que eu indico e ao mesmo tempo repudio Sanitarium. Desde o começo o projeto tinha tudo para ser um jogo intrigante, interessante, mas termina como metáforas da infância de um marmanjo de sabe-se lá quantos anos tentando entender que estava em perigo.

Eis o que eu faria se tivesse escrito essa b#st@:
Max seria um médico em busca da cura de uma doença mental que atinge três em cada sete crianças. Uma raridade pouco conhecida, mas grave. Mesmo antes de suas pesquisas, porém, presenciar a morte de sua irmã o deixou traumatizado e com algum tipo de síndrome esquizofrênica. Seu antigo professor, Dr. Morgan, receitou-o alguns remédios, mas por conta do trabalho excessivo o homem deixou de tomâ-los, até que um dia teve um ataque e foi internado com o rosto totalmente deformado. Frustrado e com medo, sua mente forçou um blackout em suas lembranças, e de repente ele não lembra quem é. Aí começa sua busca por si mesmo em seus mundos disformes e incoerentes. 

Na minha opinião seria bem menos frustrante que o porquê complexo e sem noção original. Afinal, jogar com doidos de pedra DE VERDADE é diversão garantida!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...