TRANSLATE IT!

Google-Translate-ChineseGoogle-Translate-Portuguese to FrenchGoogle-Translate-Portuguese to GermanGoogle-Translate-Portuguese to ItalianGoogle-Translate-Portuguese to JapaneseGoogle-Translate-Portuguese to EnglishGoogle-Translate-Portuguese to RussianGoogle-Translate-Portuguese to Spanish

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sweet Precious Memories

You make me believe I can fly
Give wings to my rights
Suddenly I'm touching the clouds
And my feet don't even get off ground

Hey sweet child
How can you make it so right
Tell me all your secrets
I swear I'll keep them deep inside

Hey sweet child
Why do I feel so safe by your side?
Do you have enough power to hold me?
When the devils come to haunt me

Hypnotize me with your smile
No one can make me feel that fine
Show me how the world can be all mine
If I stare enough time in your eyes

You make me believe I can fly
Give wings to my rights
Suddenly I'm touching the clouds
And my feet don't even get off ground

Hey sweet child
There's no need to make... me sleep
Just to hold your hand is a dream
Like those we never want to slip

Hey sweet child
How can't I be so proud?
I have your life tied to mine
That's such a reason to laugh loud

Hypnotize me with your smile
No one can make me feel that fine
Show me how the world can be all mine
If I stare enough time in your eyes

Hey... Sweet child
Call me yours for the rest of your life
The only place I wanna be is by your side
Holding your hand and staring into your sight


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

Tinta&Papel #4: Alice's adventures in Wonderland & Through the Looking-glass and what Alice found there


Do renomado professor de matemática Charles Lutwidge Dodgson sob o pseudônimo Lewis Carrol, o fantástico País das Maravilhas, onde Alice viveu suas mais loucas aventuras, dispensa apresentações. As obras Alice's Adventures in Wonderland (As Aventuras de Alice no País das Maravilhas) e Through the Looking-Glass and What Alice Found There (Através do Espelho e o Que Alice Encontrou Lá) são as mais aclamadas do autor e podem ser encontradas em qualquer livraria do mundo, inclusive em maravilhosos volumes únicos. Um dos vários lançados nos Estados Unidos é o da editora Barnes & Noble Classics (foto acima), com introdução e notas do poeta e crítico Tan Lin. Sem dúvidas uma das melhores edições das obras, contendo as ilustrações originais de John Tenniel (exceção da capa), encontramos nas 284 páginas uma organização encantadora, assim como todas as palavras das edições originais escritas por Carrol. Não é tão difícil de encontrar e custa apenas $5.95 americanos e $6.95 canadenses, mas é recomendado apenas para quem tem o mínimo conhecimento da língua inglesa, pois ler os poemas do autor é um teste sem igual, além de uma experiência frustrante ou recompensadora, dependendo do nível linguístico do leitor.


As obras já eram conhecidas da maioria dos públicos, mesmo que por nome, e ganharam mais evidência após o filme de Tim Burton, Alice in Wonderland, que é uma bela adaptação dos dois livros. Claro que sempre é mais válido ler o livro a simplesmente ver o filme, mas nesse caso é ainda melhor ler na língua original, pois só assim para captar a essência que o autor quis transmitir para esse fantástico mundo. A personalidade curiosa e petulante de Alice fica ainda mais perceptível em inglês, assim como o jeito sádico do Cheshire Cat e as ordens absurdas da Rainha de Copas.

Para quem ainda não conhece, Alice's Adventures in Wonderland, o título mais falado, conta as histórias vividas pela garotinha após ter caido em um buraco de coelho que a levou a uma terra confusa, onde nada parece ser o que é. É divertido e ao mesmo tempo confuso testemunhar as andanças de Alice enquanto ela pergunta a cada criatura que encontra o que raios está acontecendo e por que ela não diz coisa com coisa, tampouco entende o que muitos outros dizem. Li certa vez em uma edição mais simples deste volume que Carrol tinha satirizado muito de sua vida acadêmica com todas aquelas metáforas, mas isso era apenas uma teoria. Mesmo extremamente confuso, ainda mais em outra língua, é uma experiência maravilhosa.


Through the Looking-Glass and What Alice Found There já retrata uma Alice mais crescida, mas não tão madura com suas frases insanas iniciadas por "Let's pretend". Em um dia como outro qualquer, enquanto a garota enrolava um novelo que um dos gatinhos filhotes da gata Dinah tinha desfeito, ela começa a conversar com o faceiro, fazendo-lhe questionamentos como se entendesse e dizendo como foi mal com seu irmãozinho e com ela mesma, por ter brincado com o novelo. E então ela começa a falar da Looking-glass house, uma casa que pode ser vista através do espelho onde tudo parece exatamente como naquela em que estavam, mas para um observador mais atento, é tudo diferente. Logo ela está em cima da lareira, atravessando o dito espelho e entrando na bizarra casa do outro lado, onde começam mais aventuras.


As aventuras de Alice, como dito anteriormente, foram adaptadas inúmeras vezes para o cinema, assim como para os games. Também podem ser vistas referências a esse mundo fantástico em outras obras, como livros, filmes e jogos. As mais recentes adaptações são os premiados e renomados Alice in Wonderland, de Tim Burton, e Alice's Madness Return (direção artística do já nessas páginas mencionado Ken Wong), remake do aclamado American's McGee Alice, onde o País das Maravilhas vira um pesadelo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Emily Smith

O cotidiano se perde no sobrenatural belamente apresentado pela jovem americana Emily Smith. Suas ilustrações são de encher os olhos e fazer o espectador devanear mundos onde tudo é possível.








Visite seu deviantART!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Joystick #6: Sadness


Sadness era um promissor jogo para Wii anunciado quando o console ainda era chamado de Nintendo Revolution. Sim, era, pois o projeto foi cancelado, ou melhor... Não, não contarei agora, primeiro leia um pouco sobre o projeto.


A história se passa pouco antes da Primeira Guerra Mundial, no leste europeu, provavelmente na Eslováquia. Os irmãos Maria e Alexander sofrem um acidente de trem, do qual ele sai cego e ela tem como missão protegê-lo de criaturas sobrenaturais (baseadas em lendas eslavas). O único problema é que ela não tem arma alguma, precisa usar tudo que estiver a seu alcance. A atmosfera em preto e branco garantiria o clima denso e agoniante do game. Tais fatores fizeram do projeto um assunto frequente em fórums e blogs de games, até que o tempo foi passando e a Nibris, produtora independente responsável pelo título, começou a se enrolar com a divulgação. Foi quando a existência do projeto começou a ser questionada. Vamos entender por que:

Tudo que se tinha do jogo até então era o suposto vídeo de divulgação para a E3 em que uma mulher aparece jogando e interpretando Maria (sim, uma mulher de carne e osso, nenhuma cena in-game), algumas artworks, comentários que diziam que Alexander seria filho de Maria e posteriormente uma trilha sonora com treze faixas de menos de um minuto cada. Todos esses fatores e poucos comentários acerca do desenvolvimento do projeto pela Nibris geraram uma grande indignação nos gamers, até que foi anunciado o cancelamento de Sadness pelo sonoplasta, afirmando que o mais perto que chegariam do jogo seria através de suas curtas composições, pois Sadness nunca existiu. Para tirar a prova, basta dar uma olhada no site oficial da produta e conferir todo seu conteúdo.

Descobri a "existência" da fraude na revista Mundo Estranho de dezembro, na qual Sadness foi dito como um dos primeiros jogos para Wii que infelizmente foi cancelado. Nem a redação da Mundo Estranho tem noção que foi vítima dessa grande fraude do mundo dos games, mas não os culpo, pois os maiores sites do console ainda têm em seus arquivos o título sem data prevista para o lançamento. À propóstio, eu cortei e entitulei a imagem que encabeçalha esta postagem com a fonte usada em todas as outras imagens de divulgação, a Scriptina Pro.

Como artista eu acho uma pena que Sadness sequer tenha existido, pois sua idéia de demonstrar o medo humano diante do desonhecido (bem Lovecraft) era boa, assim como o concept art e a trilha sonora. Só de ouvir o ritmo do piano do sonoplasta de nome complicado e ver algumas imagens com a sinopse na cabeça me fazem imaginar muitas cenas e mistérios que dariam um bom enredo. Mas se nunca existiu mesmo, então não seria crime fazer algo inspirado no "projeto", certo? 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pipoca&Guaraná #6: Underworld: Awakening {Anjos da Noite: O Despertar}

(Underworld: Awakening, EUA, 2012. Dirigido por Mans Marlind e Björn Stein. Com Kate Beckinsale, Michael Ealy e India Eisley. Ação)

O primeiro filme de Underworld foi ótimo, com uma bela fotografia, trilha sonora apropriada, atmosfera equilibrada e outros elementos acertados para fazerem dele um ótimo longa. O segundo fugiu um pouco do clima noturno e urbano e foi mais comercial, mas ainda assim foi bom, já que segundo os próprios produtores a história original é a que se encontra no primeiro e no segndo, mas colocá-la em um único filme não seria adequado. Até aí tudo bem, mas tiveram a - nada - brilhante idéia de contar a história do ódio de vampiros e lycans (e quem entende de vampiros e lobisomens sabe: eles são inimigos de berço e pronto) no terceiro filme. E agora, Selene (Kate Beckinsale) está de volta para tomar parte na guerra tripla entre humanos (sim, HUMANOS), lycans e vampiros.

Na minha humilde opinião, a saga devia ter parado no segundo filme. Fazer um terceiro para explicar como tudo começou, beleza, mas um quarto onde nada bate com nada? A franquia já não é muito adorada por amantes dos vampiros (os de verdade mais verdadeira que esses, aqueles de Blade e Mundo das Trevas) por conta de seus elementos contrastantes (como aquilo de os lycans terem sido escravos dos vampiros) e agora resolveram colocar os humanos no meio da guerra como se eles (opa, nós...) fossem capazes de algo contra os imortais. Quem conhece Blade e o Vampiro do Mundo das Trevas sabe do que falo: humanos deveriam ser escravos dos vampiros. Antes que alguém venha dizer que Drácula que é vampiro de verdade, lembrem-se que ele foi onde tudo começou, mas tudo cresce. Bem, os vampiros cresceram, se multiplicaram, se organizaram e, na minha opinião, a versão moderna mais aceitável é a vista nos jogos de RPG da White Wolf. Apesar disso, Underworld é - até o segundo capítulo - a vertente mais aceitável dos sanguinários infernais, pois ainda são os mais organizados, clássicos, violentos e numerosos. Vejamos se Awakening vai fugir muito mais do conceito principal dos vampiros (será que eles conseguem nos surpreender com algo além de humanos no meio da guerra?) e se será apenas mais um filme comercial que irá ganhar elogios por suas cenas de ação bem boladas e efeitos especiais. 

O filme estréia nos cinemas do Brasil em 3D no dia dois de março.

Fim do mundo

‎"Do meio da rua se erguia uma criatura colossal e amorfa. Sua pele flácida era predominantemente branca como papel, intercalada por intervalos vermelhos que deviam ser suas articulações. Era possível ver seu interior, inclusive seu enorme coração descolorido pulsando. O som emitido pela coisa era agudo pontuado por suaves notas graves. Mais parecia que decaia em sua amorfosidade, balançando de um lado para o outro, locomovendo-se em seu desritmo."


"Asas de Ângelo" CAPÍTULO QUATRO / Fim do mundo

domingo, 11 de dezembro de 2011

Tinta&Papel #3: Abraham Lincoln: Caçador de vampiros


Autor de Orgulho e preconceito e zumbis, Seth Grahame-Smith ficou famoso no círculo literário alternativo pelo título. Ouvi muitos contras em relação a sua primeira obra, mas agora vou falar de seu mais recente trabalho, o não-tão-brilhante Abraham Lincoln: Caçador de vampiros. O título forte já dá a idéia de uma trama histórica encrementada de vampiros de verdade (tipo Drácula, Lestat e outros). Bem, sim, os vampiros são de verdade e a narração é poderosa, afirmando a fama de Grahame-Smith, mas o enredo e o clima em si são pobres.

A história gira em torno dos famosos diários de Abraham Lincoln e seu conteúdo, entregues ao escritor por um estranho e elegante homem que frequentava sua lojinha de conveniências em uma pequena cidade. O gosto de Seth pela escrita acaba chamando a atenção de Henry, que após uma longa e prazerosa conversa, entrega-lhe os dez diários do finado Lincoln. O conteúdo histórico presente nas páginas escritas por ele desde criança surpreendem Grahame-Smith a tal ponto que ele lê e relê cada palavra de uma só vez. Seu dever com o que tem em mãos é simples: narrar tudo que aconteceu, não deixar passar nenhum detalhe.

A princípio o leitor se perde nas palavras bem boladas do autor e na alternância de sua narração para o diário do ex-presidente americano, um elemento simplesmente brilhante. As cenas descritas são de um nível assombroso, como quando Lincoln narra a morte de seu avô, de longe uma das cenas mais bem narradas do livro. À medida que Abe vai crescendo e se aprimorando na arte de caçar e matar vampiros, no entanto, os rumos vão se perdendo para o lado mais técnico e a trama cai no mesmicismo americano do herói, seus inimigos e sua sede de vingança. O comportamento de Abraham começa a ficar cada vez mais previsível e surreal, como quando aguarda por um suposto vampiro sair de um cabaré, ou quando mata o taberneiro do mesmo estabelecimento, que afinal, garante a cena de luta mais crua que já vi. Seth comete o terrível pecado de se render às vontades do público e entregar de uma vez o que todos querem ver: um homem e suas armas procurando por vingança e matando vampiros como se fossem formigas. É o típico esteriótipo das histórias de sucesso: praticidade, ação e um pequeno motivo que controla todas as ações da personagem. Para os amantes de histórias cruas de sentimento e focadas em boas cenas, Abraham Lincoln: Caçador de vampiros é um prato cheio, mas para quem se importa com os sentimentos da personagem e o clima que envolve a trama, não impressiona tanto.

A próxima película de Tim Burton, inclusive, será baseada na obra. Sim, está escrito isso na orelha traseira, mas sinceramente?, não me impressiona. Talvez venha a ser um dos filmes mais brilhantes do diretor e produtor, mas se por isso quer dizer que será cheio de efeitos especiais, cenários impecáveis e figurinos fantásticos, então não o considero como tal, sem falar que seu estilo pode quebrar tudo que imaginei para o livro, o que seria uma lástima.

Balões #2: The voices of a distant star


De Makoto Shinkai e Mizu Sahara, o volume único The voices of a distant star (Hoshi no Koe) foi feito inspirado na animação homônima de 2002 (de Makoto Shinaki). Não vi a animação, mas pelo mangá já posso dizer que é de dar um aperto no coração (já que segundo a modesta Mizu, seu traço simples não foi suficiente para retratar o curta piamente).

A primeira frase, logo após os versos de introdução, dão uma idéia de como é a trama: "O meu mundo... Até pouco tempo atrás, o meu mundo era delimitado pela distância que o sinal do celular podia alcançar." Isso porque Hoshi no Koe conta uma comovente história de amor entre dois amigos, Mikako e Noboru. Eles estudaram juntos por um tempo, até que foram descobertas formas de vida inteligente em Marte, a avançada e hostil raça tharsian. Mikako voluntariou-se para o projeto de reconhecimento e estudo dos seres e, tendo passado nos testes, rumou a Marte. O amor que ela e Noboru sentiam, porém, fazia meramente suportável a espera pelas mensagens de texto que levavam meses para chegar. À medida que os anos passavam, a vida na Terra continuava pacificamente e Mikako viajava para cada vez para mais longe do planeta, cada vez mais correndo risco de vida e tendo que esperar até dois anos para que suas mensagens fossem recebidas por Noboru.

Para muitos o enredo pode parecer bobo e cansativo, mas para quem consegue enchergar a beleza por trás do traço simples e a idéia criativa e minimalista com certeza vai se apaixonar por The voices of a distant star

Eu tenho saudade de várias coisas.

Das nuvens de verão e a chuva gelada.

Do aroma do vento de outono e
da maciez da terra na primavera.

Da sensação de conforto ao encontrar uma
loja de conveniência aberta no meio da noite.

Do ar fresco no caminho de volta para casa depois da aula.

Do cheiro do apagador do quadro negro.

Eu sempre quis compartilhar
Essas sensações com você.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Aquela voz que desperta bons sentimentos

"Morena caminhava a passos curtos em sua direção, a cabeça baixa fazendo seus cabelos caírem sobre os olhos, dando-lhe um aspecto sinistro. Apesar das dores, o pulo que o coração do homem deu foi suficiente para que corresse até a porta. Quando ficou de costas para a mulher, porém, suas pernas ficaram pesadas como se tivesse passado o dia inteiro de pé e para piorar, sentia que ela apressava-se a seu encontro muito mais rápido. Um barulho insuportável tomou conta de sua cabeça, como se uma fera rugisse ao pé de sua orelha. Seu desespero por alcançar a cada vez mais distante porta aumentou tão absurdamente que seu coração, a qualquer momento, faria um buraco em seu peito e sairia-lhe do corpo. Sentia Morena cada vez mais perto, como se a própria morte estivesse vindo lhe pegar, até que suas mãos tocaram o metal quente da maçaneta. Agora seu corpo inteiro doia, mas as batidas colossais de seu coração deram-lhe forças para agarrar-se à porta, abri-la e sair. Quando pisou no corredor cujas dimensões não conseguia imprimir (parecia bem mais apertado do que lembrava), seus sentidos retornaram todos de uma vez e suas pernas ficaram tão leves que logo descia as escadas e saia para o ar frio e o céu cinzento da rua."


"Asas de Ângelo" CAPÍTULO TRÊS / Aquela voz que desperta bons sentimentos

I'll save my Last Dance for you

Esses dias tem andado por aqui uma pessoa. Sinceramente, não sei se é homem, mulher, criança ou adulto. Não me atrevi a olhar em seu rosto, pois só sua presença me dá vontade de pular da varanda. Ele (ou ela, seja lá quem for) chegou bem silenciosamente e foi ficando, até que quando dei por mim, já estava falando e mandando. As coisas que essa pessoa fala me perturbam demais. Ela lembra de um passado no qual nada era tão difícil, no qual eu era feliz e nem sabia. Também lembra tudo que aconteceu depois, tudo que está acontecendo e tudo que vai acontecer. Se ela é vidente, isso não sei, mas creio em sua palavra quando me aponta um futuro incerto e cheio de buracos. Antes falasse só do futuro, mas quando fala do passado e de como eu era feliz e de como não soube aproveitar os momentos e de como eu fui um idiota em deixar tudo passar e enfim terminar como terminou, não aguento. Desabo em lágrimas, caio no desespero, sinto vontade de nunca mais acordar. Mas assim como ela tem a capacidade de me fazer querer nada mais querer, há algo em sua voz que me impede de desistir. Eu não saberia explicar o que é, mas apesar de sua dureza, seu timbre me acalma, me deixa acomodado. E aí penso "Pode ficar. Não me importo mais. Vamos ver onde isso vai dar". Há quem diga que surgirá outra pessoa que vai fazer essa sumir, mas eu duvido. Sua influêcia sobre mim se tornou forte demais para que mesmo eu queira abrir mão do conforto de saber onde piso. Mas se alguém se atrever a pelo menos tentar, confesso que não me importarei. De fato, voltarei a sorrir.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

The Enchanted Doll by Marina Bychkova #1: Introduction

Quem disse que boneca é coisa de criança ou, pior, só de menina? O encantador mercado das bonecas de luxo deixa qualquer um de queixo caído com as habilidades dos artesãos e há quem diga que não quer uma dessas obras de arte. Há muitos artistas promissores na área, mas a da qual vale falar é a Marina Bychkova. A russa tem um estilo único e simultaneamente realista e surrealista. Suas bonecas de porcelana fazem sucesso no mundo inteiro, tendo aparecido até em um caderno do jornal O Povo, aqui de Fortaleza. Marina é responsável por toda a produção, desde as próprias bonecas a seus mínimos e exuberantes acessórios. Muitas de suas exposições no deviantART são marcadas como de conteúdo maduro, então vou tentar ao máximo não divulgar fotos que possam ofender alguém.






Site oficial:

Peter Lee

A fantasia nunca foi tão surpreendente antes de ser contada nas gravuras do americano Peter Lee.








Visite seu deviantART!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A atual situação do Facebook


Creio que aqui não sejam necessárias apresentações, certo? Pois bem, vamos falar um pouco do atual estado do tão acessado Facebook. 

Foi-se o tempo do Orkut, em torno do qual muitas conversas de calçada de escola giravam. "Amiga, você viu o que fulano postou no perfil dele?" ou então "Mulé, tô indignada, sicrano tá com as fotos trancadas, num posso ver nada!". Devo admitir que foram bons tempos quando ainda era bom. Antes das mais recentes atualizações o trem estava numa velocidade ótima, mas depois que tentou ficar a cara do novo concorrente, o negócio começou a desandar. Certo que muito antes tinha gente colocando nome no perfil com apelidos ridículos e símbolos, tempo também que a falsidade já rolava solta, mas a inutilidade do Orkut se mostrou definitiva quando as últimas atualizações foram feitas. Ainda há quem acesse por pena, ou porque simplesmente se sentem mais familiarizados, mas o fato é que o dono do pedaço agora é o tio Mark e seu poderoso azulão.

O início do Facebook foi bem silencioso apesar de não necessitar de convite. Era tranquilo e confuso - sim, ele sempre foi complicado de mexer, isso não é de hoje -, além de livre de brasileiros, que desculpem meus conterrâneos, foram os responsáveis pela atual situação da rede social como a vemos em terras brasiles. Algumas atualizações realmente foram úteis, mas em outras ninguém nem repara, como aquela barra que mostra o que está acontecendo. Só fui reparar naquilo semana passada e fiquei me perguntando pra que servia. Ah, é mesmo. Pra que eu me mantenha informado da interessantíssima vida dos outros. Até aí tudo bem, mas começou aquele negócio de assinatura. Você pode adicionar beltrano, mas se ele não te quiser como amigo, cê pode saber da vida inteira do dito cujo pela assinatura. Assim que recebi a notificação sobre isso, pensei "agora isso aqui vai encher de posers querendo aparecer e um monte de gente falando besteira nas publicações deles só porque são dotados de alguma beleza exterior", e foi isso mesmo que aconteceu. Eu nunca liberei minha assinatura, pois já não tenho privacidade sem, imagine com, mas uma vez acabei assinando um garoto que tentei adicionar. Passei mais ou menos dois meses vendo as besteiras que ele publicava e as porcarias que as pessoas respondiam. Foi quando as assinaturas foram liberadas e todo mundo inventou de ser celebridade que o negócio começou a desandar.

Primeiro que uma rede social não tem o intuito de te deixar famoso, é só para interagir com outras pessoas. Aquilo não é um blog, então não o trate como tal (como já vi gente comentando que "ninguém comenta minhas postagens, mimimimi"). Se quer que as pessoas prestem atenção no que você fala, e que por favor seja de qualidade, faça como eu, use o Blogger, ou então crie seu tumblr, ou mesmo um Twitter, mas por favor, não tente chamar atenção no Facebook. Por conta dessa crescente vontade de virar celebridade começaram a postar fotos na intenção de fazer algum tipo de denúncia, o que até hoje se mostra completamente inútil. Já vi gato sem pele, gente com a cara quebrada, gente cagada mostrando explicitamente o estrago... Opa, espera! Volta pra frase anterior e repare no que falei. Sim, eu já vi no Facebook a foto de um homem (sim, um homem crescido, maior de idade, pagando suas contas e impostos) de quatro no chão do banheiro público colocando a cueca suja de lado para mostrar a merda que provocou o estrago todo - merda em todos os sentidos, porque isso é uma falta de vergonha de quem tira a foto e de quem compartilha. Por que ninguém compartilha arte, ou então a foto de um crepúsculo, ou uma notícia relevante sobre política? Se a sociedade brasileira fosse avaliada pelo que posta no Facebook, seria tida como mais-do-que-burra pela quantidade de inutilidade que posta. Aí entram também os memes - os famosos, queridos e divertidos memes. Sim, porque os blogs de humor são os maiores responsáveis pela quantidade de lixo virtual que entope a rede social. Certo que é um lixo virtual divertido - e que eu também compartilho, mas estou apenas expondo os fatos como eles são, não falando do que faço -, mas não deixa de ser lixo. Seus resíduos fisiológicos podem ser usados como adubo, mas você vai enfiar a mão na privada pra colocar aquilo nas suas plantinhas?

Então, a situação é a seguinte: o que nós brasileiros temos do Facebook é nada. O que tiramos de proveitoso e produtivo disso é nada. O tempo que passamos na frente do monitor rolando a barra para checar atualizações de status e compartilhamentos é perdido. Sério, muitas vezes eu penso em quanto tempo gasto abrindo aquela maldita página branca e azul, tempo que poderia usar para continuar trabalhando em meu projeto, pesquisando (odeio a palavra "estudar", lembra "obrigação"), fazendo qualquer outra coisa mais produtiva. Façam como eu estou conseguindo fazer: Pensem nas coisas maravilhosas que poderiam fazer longe de seus computadores e os desliguem mais cedo, leiam, vejam um - bom - filme, façam qualquer outra coisa que gostem que não seja ficar no computador 24h por dia, enchendo as redes sociais de lixo. O país e o mundo agradecem.

Confira também a postagem da AnneKira sobre nós brasileiros e as redes sociais.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Angelo waits for the never coming bus

Ângelo aguarda pelo ônibus que nunca chega

"Havia esse garoto - os cabelos lisos tão loiros, quase brancos, os olhos curiosos da cor do chocolate amargo e a pele clara como leite. Não sabia seu nome, mas sempre o via tarde da noite na parada do ônibus enquanto caminhava pela calçada , voltando do trabalho. Era pequeno, belíssimo, sempre muito bem trajado e o olhar vago. Sua imagem ali no meio daquela rua escura e o olhar além do horizonte despertaram a curiosidade de Ulisses, que não lembrava quando percebeu aquele belo menino a devanear. Sempre que descia na avenida e dava alguns passos, lembrava do jovem e de seu jeito aluado. Pois, conforme os dias passavam, ia se preocupando com ele, um pobre e bem aparentado garoto sentado no meio de uma rua escura. Sua vida não devia ser das menos difíceis para todas as noites esperar aquele ônibus que parecia custar a chegar."


"Asas de Ângelo" CAPÍTULO PRIMEIRO / Ele

Anton Semenov

A agonia, a sociedade, o medo e a loucura estão presentes nas obras do russo Anton Semenov.









Visite seu deviantART ou seu portfólio no Behance!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

You only live ONCE

Sem querer generalizar mas já o fazendo, a sociedade sofre de um mal que eu gosto de chamar Distúrbio das Múltiplas Obrigações (mentira, acabei de inventar isso). Todo mundo tem que ter dinheiro, "ser alguém na vida", ter sonhos e realizá-los, ser independente, e por aí vai. Meu problema é que não sofro desse mal, e sim do Distúrbio da Felicidade Consciente

Muitas de minhas idéias vão completamente contra as da multidão, como isso de ter uma carreira bem sucedida e lucrativa. O problema é que eu não associo sucesso com lucro, e sim com felicidade, prazer. Se eu prefiro ser um escritor frustrado a um médico ou engenheiro rico? Sim, prefiro, pois pelo menos vou estar amargurado por me esforçar em algo que gosto, não no topo de um mundo no qual eu não gostaria de estar por conta de algo que não me satisfaz. É aí também que entra o fator tempo - ah, maldito tempo! Todos querem que você entre na faculdade assim que terminar o Ensino Médio, que já tenha decidido o que quer ser da vida, que é preciso decidir isso logo. Mas e se eu não conseguir me decidir tão logo assim? E se precisar de um tempo longe das pressões sociais para enxergar meus horizontes sozinho, sem ninguém me dizendo em que ângulo devo ficar para ver de outra forma? Claro, a vida é curta e o futuro chega rápido, mas a vida também é apenas uma, então para quê gastar tempo fazendo algo que não quero só porque os outros querem ao invés de aproveitar, descansar e pensar com calma? As contas virão, os problemas, tudo, pois o mundo não pára, mas preciso mesmo decidir como minha vida vai ser nos próximos anos até o fim? Quando escrevo um livro, por exemplo, muitas vezes já tenho em mente como vai terminar ou mesmo quantos volumes a história terá, mas não planejo minunciosamente cada capítulo. Quando escrevo cada capítulo é uma surpresa para mim tanto quanto vai ser para o leitor, podendo até criar novos conceitos ao longo do trabalho e mudando o final. A vida, ao meu ver, é da mesma forma: pensamos onde queremos chegar, mas precisamos viver um dia de cada vez, dar um passo depois do outro sem pressa, pois correr cansa e quem cansa fica entediado. Me apressar não vai tornar as coisas melhores, vai ser apenas um alívio momentâneo para os outros, pois logo vou ficar inquieto, com vontade de mudar mais uma vez, de pensar no que quero.

E o que eu quero? O que eu realmente quero? Talvez possa parecer ridículo para quem tem sonhos como ser um médico, engenheiro ou qualquer outra coisa do gênero, mas eu quero mesmo é escrever. Não, não quero ser jornalista, quero escrever histórias, contos, músicas, poemas, romances. Quero autografar livros com minha foto na orelha traseira e ouvir dos leitores o quanto eles me admiram por meu trabalho autêntico. Nem me importo com dinheiro, se vou ganhar muito ou não, se vou ter meus altos e meus baixos, só quero isso, escrever. Até porque, quem disse que ser médico é ter a vida garantida? E engenheiro, então? Se você não se cuida, um dia tá por cima, no outro pode acordar por baixo. Em qualquer profissão quem não toma cuidado do que é seu não vai muito longe, mas só porque não existe uma faculdade de "romancionismo" ou "escritorismo" (nomes toscos...) não quer dizer que eu não possa chegar lá sem um curso superior. É importante, entendo isso perfeitamente, mas e se nada disso me agradar? Seria pedir muito por um pouco de apoio?

"Freedom never greater than its owner
Freedom is the mastery of the known
Freedom, freedom never greater than its owner
No view is wider than the eye"

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Joystick #5: Call of Cthulhu - Dark Corners of the Earth


Uma parceiria da Bethesda Softworks com a Ubisoft, Dark Corners of the Earth deve ser a mais brilhante adaptação já feita do Cthulhu Mythos de Lovecraft. As referências estão claras tanto no enredo quanto nos mapas, como no prólogo quando Jack repara numa pintura peculiar. Todas as outras molduras pela casa guardam gravuras similares, representando seres cônicos (a Grande Raça de Yith) e outros tentaculares (os Antigos). Obviamente que um pobre leigo não reconheceria nenhum detalhe nem que ele dançasse o can can de calcinha de renda na sua frente, mas para quem conhece o trabalho do autor, este jogo é um prato cheio.


O protagonista, Jack Walters (viciante Jack, seus surtos de "Dagon will find me" e as frases com "nothing of interest"), é um investigador conhecido em NY e redondezas, tendo solucionado muitos casos. A princípio questionava-se se sua fama levou ao convite de um bizarro cultista de Boston mal afamado por aquelas bandas - ele e seus seguidores de uma religião blasfema que aterrorizava seus vizinhos - que acabou envolvendo a polícia. O jogador fica tão confuso, assustado e impressionado quanto a personagem com tudo que ocorre dentro daquela casa, em cujo porão uma cena perturbadora resultou em anos no sanatório de Arkham. Jack, no entanto, não lembrava de muita coisa. Para ele aqueles confusos fatos tinham ocorrido há apenas seis meses, quando despertou de seu "coma" psíquico e se viu no quarto pequeno e sujo do sanatório. Enquanto voltava à sua antiga vida, recebeu uma proposta de trabalho: investigar o estranho desaparecimento de Brian Burnham em Innsmouth, e é então que Jack começa a se deparar com coisas que nunca imaginou existirem.

A princípio o enredo é bastante confuso e se não tiver a devida atenção o jogador chega ao final se perguntando "já acabou? Mas que p0rr@ é essa?". Faria mais sentido narrado pelo próprio Lovecraft, obviamente, mas sem prestar atenção nos diálogos e sem ler as várias pistas, procurando por cada uma delas nos cantos mais inusitados, a situação fica pior. Mesmo para quem faz tudo isso é difícil entender 100% do que se passa, pois ainda resta a dúvida: e Jack, onde ele entra em tudo isso? Qual a relação dele com os Yith? Essa resposta tive que procurar em outras fontes (prepare-se para o spoiler): Jack é meio Yith devido à influência de um da Grande Raça quando seus pais o geraram. Sabendo disso e lembrando do que aquele Yith dizia no final sobre eles estarem em risco é possível deduzir que Jack seria a única salvação deles, a única forma de impedir que os Antigos dominassem o mundo, e por isso os caras que aparecem no prólogo (aqueles loucos) o chamaram até lá, mas o destino não quis que o homem descobrisse a verdade sobre si muito cedo e nem que pudesse se contentar com isso, resultando na frustrante porém fiel ao estilo lovecraftiano cena final.


Eu não me arriscaria a dizer que esse é um dos melhores jogos que já joguei, pois os gráficos não são tão bons e a jogabilidade deixa muito a desejar. Avaliando pelo enredo, sim, é um jogo excelente, mas avaliando essas questões de jogabilidade e gráficos, é péssimo. Primeiro que é bom jogá-lo com pouca luminosidade para captar mais da atmosfera sombria, depois que isso não colabora muito pela baixa resolução. A mixagem ficou excelente, dando uns belos sustos nos corações mais fracos e até alguns mais fortes - eu me assustei muito com os barulhos vindos do além. Agora, a jogabilidade é algo realmente irritante, a começar pela ausência da importantíssima tecla "correr". Só isso já faria muitos deixarem de jogar, mas não a mim. Aventurei-me por Innsmouth e mesmo ao me deparar com seus habitantes loucos tentando me matar, tentei fugir no ritmo calmo do Jack. Morri várias vezes, mas tudo bem. A corrida contra o Shoggoth é que acaba com as esperanças do jogador, tornando o uso de um patch - veja como um cheat - obrigatório. Agora, a melhor parte são os bugs - vários deles. Só encontrei um que faz bem: logo quando descemos da caçamba da caminhoneta e pegamos o revólver, basta subir no batente e ficar atrás da rede que ninguém vai ver Jack, então dá pra matar muitos inimigos assim. Fora esse, os outros são extremamente irritantes. O mais recorrente é quando tudo parece ficar travando, mas na verdade é apenas a personagem, pois todos os outros inimigos continuam se mexendo na velocidade normal. Com um bom processador esse bug não é tão perceptível, mas se for um Intel Atom, por exemplo, desista de tentar chegar até o final.

Apesar das desvantagens do último parágrafo, Cal of Cthulhu: Dark Corners of the Earth é um jogo que vale a pena para os curiosos e fanáticos por Lovecraft. Se você não é nem um nem outro, então fuja desse pecado mortal, pois é assim que vai chamar a obra após algumas horas de jogo.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...