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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

You only live ONCE

Sem querer generalizar mas já o fazendo, a sociedade sofre de um mal que eu gosto de chamar Distúrbio das Múltiplas Obrigações (mentira, acabei de inventar isso). Todo mundo tem que ter dinheiro, "ser alguém na vida", ter sonhos e realizá-los, ser independente, e por aí vai. Meu problema é que não sofro desse mal, e sim do Distúrbio da Felicidade Consciente

Muitas de minhas idéias vão completamente contra as da multidão, como isso de ter uma carreira bem sucedida e lucrativa. O problema é que eu não associo sucesso com lucro, e sim com felicidade, prazer. Se eu prefiro ser um escritor frustrado a um médico ou engenheiro rico? Sim, prefiro, pois pelo menos vou estar amargurado por me esforçar em algo que gosto, não no topo de um mundo no qual eu não gostaria de estar por conta de algo que não me satisfaz. É aí também que entra o fator tempo - ah, maldito tempo! Todos querem que você entre na faculdade assim que terminar o Ensino Médio, que já tenha decidido o que quer ser da vida, que é preciso decidir isso logo. Mas e se eu não conseguir me decidir tão logo assim? E se precisar de um tempo longe das pressões sociais para enxergar meus horizontes sozinho, sem ninguém me dizendo em que ângulo devo ficar para ver de outra forma? Claro, a vida é curta e o futuro chega rápido, mas a vida também é apenas uma, então para quê gastar tempo fazendo algo que não quero só porque os outros querem ao invés de aproveitar, descansar e pensar com calma? As contas virão, os problemas, tudo, pois o mundo não pára, mas preciso mesmo decidir como minha vida vai ser nos próximos anos até o fim? Quando escrevo um livro, por exemplo, muitas vezes já tenho em mente como vai terminar ou mesmo quantos volumes a história terá, mas não planejo minunciosamente cada capítulo. Quando escrevo cada capítulo é uma surpresa para mim tanto quanto vai ser para o leitor, podendo até criar novos conceitos ao longo do trabalho e mudando o final. A vida, ao meu ver, é da mesma forma: pensamos onde queremos chegar, mas precisamos viver um dia de cada vez, dar um passo depois do outro sem pressa, pois correr cansa e quem cansa fica entediado. Me apressar não vai tornar as coisas melhores, vai ser apenas um alívio momentâneo para os outros, pois logo vou ficar inquieto, com vontade de mudar mais uma vez, de pensar no que quero.

E o que eu quero? O que eu realmente quero? Talvez possa parecer ridículo para quem tem sonhos como ser um médico, engenheiro ou qualquer outra coisa do gênero, mas eu quero mesmo é escrever. Não, não quero ser jornalista, quero escrever histórias, contos, músicas, poemas, romances. Quero autografar livros com minha foto na orelha traseira e ouvir dos leitores o quanto eles me admiram por meu trabalho autêntico. Nem me importo com dinheiro, se vou ganhar muito ou não, se vou ter meus altos e meus baixos, só quero isso, escrever. Até porque, quem disse que ser médico é ter a vida garantida? E engenheiro, então? Se você não se cuida, um dia tá por cima, no outro pode acordar por baixo. Em qualquer profissão quem não toma cuidado do que é seu não vai muito longe, mas só porque não existe uma faculdade de "romancionismo" ou "escritorismo" (nomes toscos...) não quer dizer que eu não possa chegar lá sem um curso superior. É importante, entendo isso perfeitamente, mas e se nada disso me agradar? Seria pedir muito por um pouco de apoio?

"Freedom never greater than its owner
Freedom is the mastery of the known
Freedom, freedom never greater than its owner
No view is wider than the eye"

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